quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Série: Poder de Deus - "Poder de Deus sobre a Natureza"


“Naquele dia, quando já era tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia com ele também outros barcos. E se levantou grande tempestade de vento, e as ondas batiam dentro do barco, de modo que já se enchia. Ele, porém, estava na popa dormindo sobre a almofada; e despertaram-no, e lhe perguntaram: Mestre, não se te dá que pereçamos? E ele, levantando-se, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E cessou o vento, e fez-se grande bonança. Então lhes perguntou: Por que sois assim tímidos? Ainda não tendes fé? Encheram-se de grande temor, e diziam uns aos outros: Quem, porventura, é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? (Marcos 4:35-41)


Quem é este? Conhecer Jesus, saber quem Ele é, e ser conhecido por Ele, isto faz toda a diferença! Muitos andam ao redor de Jesus, como aqueles outros barcos, mas há aqueles que não se contentam com menos do que estar o mais próximo possível dEle...no mesmo barco! Ainda hoje Jesus tem estes dois tipos de seguidores.
No versículo anterior a este texto, vemos a explicação de que Jesus falava em parábolas com a multidão, mas com seus discípulos explicava em particular. E vemos que muitas vezes os levava a viverem experiências práticas, ao vivo e a cores, como agora neste barco diante da demonstração de tamanho poder! Por muitas vezes temos lido e ouvido este texto e somos levados a crer que Jesus acalma a “tempestade” de problemas e pára o “vento” contrário que vem para acabar conosco, e isto é verdade.
Mas hoje vamos olhar pra este texto entendendo que Jesus estava se revelando e revelando o Pai através deste milagre. Em João 14:11ele diz: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras”. Jesus agiu realmente sobre a natureza, isto não é apenas uma ilustração!
Jesus disse: “Passemos para a outra margem”. O que os discípulos ainda não sabiam àquela altura era que nesta palavra de Jesus havia poder para levá-los até a outra margem, independente daquilo que pudesse acontecer entre uma margem e outra. Eles ainda não O conheciam como o Verbo de Deus, Aquele que esteve presente em toda criação “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3 e Gn 1). O homem com a queda perdera o domínio dado por Deus sobre a terra, mas Jesus agora estava tomando de volta. Aleluia!

Mas, naquele exato momento em que aquela tempestade os encontra, Jesus estava dormindo. Nos relatos dos evangelhos, a impressão que temos é que Jesus nem dormia, porque estava sempre envolvido pelas necessidades das multidões, dos amigos, dos discípulos, ensinando no templo e à noite se retirava para falar com o Pai. Agora a sós com seus discípulos e aproveitando aqueles minutos, Jesus se rende ao sono...profundo sono, sequer percebeu a movimentação do barco. Confiava no Pai, mas também penso que confiava na capacidade daqueles homens em conduzir aquele barco até a outra margem.
Algo que me chama muito a atenção é que Jesus revela esta característica; sendo onipotente não é dominador, ao contrário chama seus discípulos a compartilharem com ele da autoridade recebida do Pai.
Por outro lado, vemos os discípulos totalmente dependentes da ação de Jesus, e isto parece bom. Mas Jesus espera que cresçam, que estejam preparados para os dias em que Ele não estará mais presente em carne. Para aqueles dias em que pela fé atravessarão mesmo que não O estejam vendo, crendo que Ele está com eles.
Todos passamos por dias em que parece que Jesus não está presente e nem se importa, mas é nesta hora que a verdadeira fé entra em ação e rompe com tudo aquilo que vem para desmentir a Palavra de Deus (Jesus).

Jesus desperta e repreende o vento e ordena que o mar se acalme e pronto! Simples assim. Ele não estava usando seus “atributos” de Deus, Ele estava agindo como Filho que estava fazendo a vontade do Pai e por isso sabia que não existia nada que O pudesse impedir ou resistir, nem forças naturais, nem sobrenaturais. Aliás, repare que Ele repreende o vento e o mar e não as possíveis forças que agiam por detrás.
Finalmente, Jesus denuncia que a timidez deles é o que os impedia de agirem como Ele agiu. Talvez seja a timidez que nos impeça até hoje de usar a autoridade que Jesus já nos deu. A timidez em última análise, tem sua raiz no fato de nos preocuparmos excessivamente com “o que os outros vão pensar” Ela paralisa a fé, porque “eu até creio no poder de Deus”, mas não ajo de acordo com ele; porque estou olhando pra mim e não pra Jesus. Talvez hoje devamos responder a esta pergunta de Jesus: “Porque sois tímidos?” E: “Como é que não tendes fé?”.
É claro que não iremos tentar à Deus, agindo para mostrar nossa autoridade a quem quer que seja; Jesus já nos ensinou isto quando enfrentou Satanás no deserto. Mas vamos pedir ajuda do Senhor para que nada possa nos impedir de usar toda a autoridade dada por Deus à Jesus e compartilhada por Ele conosco, através do Espírito Santo. O tempo da Igreja de Cristo se levantar em autoridade está logo aí à nossa frente, não por qualquer outro motivo que não a necessidade de estabelecer nesta terra a vontade de Deus, Senhor de tudo e todos. Lancemos fora toda a timidez, todo egocentrismo de nossas vidas. Deixemos a fé crescer ouvindo a Jesus (Palavra de Deus), assim como o conhecimento de quem Ele é e de quem nós somos nEle!
“Obras maiores se farão neste lugar...”

No Amor revelado do Pai,

PASTORA ROSILENE CYRINO
IGREJA APOSTÓLICA BETLEHEM

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