terça-feira, 20 de outubro de 2015

Série: Parábolas: "Os dois filhos cegos"



Naquela hora chegaram-se a Jesus os discípulos e perguntaram: Quem é o maior no reino dos céus? Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe. Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos tropeços! pois é inevitável que venham; mas ai do homem por quem o tropeço vier! Se, pois, a tua mão ou o teu pé te fizer tropeçar, corta-o, lança-o de ti; melhor te é entrar na vida aleijado, ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno. E, se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o, e lança-o de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que tendo dois olhos, ser lançado no inferno de fogo. Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de meu Pai, que está nos céus. [Porque o Filho do homem veio salvar o que se havia perdido.] Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou? E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos. Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. (Mat 18:1-17)

Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles. Então ele lhes propôs esta parábola: Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre? E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo; e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la? E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende. Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada. Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se. Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças; e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. (Luc 15:1-32)

É muito interessante pensar que tantas pessoas que conheceram Jesus Cristo pessoalmente, eram tão duras de coração e se importavam com coisas tão carnais, tão pequenas, como quem seria “O MAIOR”, no Reino dos Céus... Jesus usando o exemplo de uma criança, e ressaltando a característica das crianças de serem HUMILDES.. Quando confrontada uma criança e corrigida, ela  arrepende-se, fica triste, chora e pede perdão, Jesus ensina, que se não nos tornamos como crianças, não podemos entrar no Reino dos Céus. Advertindo Jesus do juízo que virá sobre quem fizer uma destas pessoas simples, humildes, tropeçarem em seu caminho, ao mesmo tempo Jesus mostra a Festa que há nos Céus, quando um pecador se arrepende de seu mau caminho. O Mestre ensina que a postura de alguém que vê o SEU IRMÃO tropeçar, não é deixá-lo em seu caminho, não é agradecer porque ele que é cabeça dura agora foi-se embora... Nossa postura é ir pessoalmente e falar com tal pessoa, confrontá-la em seu erro, porque se ela se converter ganhamos um irmão. Jesus demonstra que dá trabalho cuidar do que Deus ama.

Lucas junta no capítulo 15, três parábolas que Jesus conta sobre este assunto, falando sobre a mesma coisa, usando como exemplo nas parábolas, uma ovelha, uma dracma (uma moeda de grande valor), e filhos. Jesus nos ensina que as pessoas são importantes pra Deus. Jesus nos ensina que quem facilitar o caminho para estas pessoas será chamado Grande no Reino dos Céus e quem for fazer uma destas tropeçar é melhor que se mate...

Jesus está ensinando aos seus discípulos, aos cristãos que surgiriam nas nações, que dá trabalho fazer a vontade de Deus, porque isso importa que tenhamos que ir atrás das pessoas, insistir com elas, nos indispormos com elas, dizendo muitas vezes que estão erradas, para que se arrependam. Fazer isso, de uma forma que não se sintam julgadas, mas, motivadas e apoiadas a mudar, porque quem consegue fazer com que uma destas pessoas que estava perdida volte, se arrependa, mude, proporcionará uma grande Festa nos Céus, por um pecador que se arrependeu.
É também importante prestarmos atenção, que em nenhuma das parábolas, há alguma referência a pessoas que não conheciam a Deus, e que foram alcançadas, mas, pessoas que conhecendo a Deus, pertencendo ao Senhor se desviaram, pecaram, abandonaram O Caminho...

Numa das Parábolas mais conhecidas de todas que Jesus contou, a Parábola do Filho Pródigo, muitas vezes nos focamos apenas no ensino de Jesus, sobre aquele que se desviou, mas, Jesus não fala apenas do que foi embora, mas, também da postura do que ficou e estava tão cego quanto ao que considerou que bens, dinheiro, recursos eram a Herança que O Pai tinha para lhe dar...

O Pai do filho pródigo, percebe que quando o seu filho quer a Sua Herança e acha que a Sua Herança pode ser contada, o Pai, sem pestanejar dá ao filho o que ele pede. Para aquele filho miserável, A Herança que seu Pai tinha para ele eram coisas, benefícios oriundos da condição de ser filho daquele Pai tão amoroso.

O filho vai e desperdiça numa vida pródiga, com festas, falsos amigos, mulheres, prazeres, o que para ele era A Herança.

Enquanto isso, um outro filho permaneceu com o Pai, todo o tempo, mas, tão miserável quanto o primeiro, não percebia que neste tempo todo, ele não agia como um Filho, mas, como um servo. Ele jamais vai atrás do seu irmão pra dizer: “MANO VOCÊ TÁ LOUCO! VOLTA”. Estando com o Pai, jamais fez algo pra que O Pai, se alegrasse, jamais tomou uma atitude para que houvesse uma grande Festa na Casa de seu Amado Pai. Ele trabalhava de Sol a Sol, fazendo coisas, como as pessoas que talvez vem às igrejas domingo após domingo e cantam, oram, ouvem a Palavra, mas, agem como servos, e não percebem que tudo o que é do Pai lhes pertence. Que tudo o que é do Pai, está à sua disposição... Estão vivendo como escravos no Palácio, sendo filhos, e porque não agem como Filhos Primogênitos, não conseguem levantar os olhos para ver que o que agradaria O Coração do Pai, não é que ficassem ali trabalhando como servos, cultivando coisas, limpando ou arrumando as mesas, mas, indo atrás do que se havia perdido... O QUE TEM VALOR PARA DEUS.

O Pai fica esperando o filho.
O Pai, quando o filho aparece ao longe sai ao seu encontro.
O Pai está no portão esperando o filho voltar.

O filho decide voltar, pela circunstância que enfrenta, pela fome, pela miséria, e a decisão é pedir ao Pai, um lugar entre os servos. Quando ele propõe tal aberração, O Pai encerra a conversa. Não é mais para ser um servo, agir como um servo... Ele ainda não entendera que a Herança não são os bens, ou o que se perdeu, mas, O Pai. O Pai amoroso manda que lhe trouxessem uma túnica nova, sandálias para os pés e lhe põe um anel de autoridade no dedo.

É hora de celebrar! O Pai, ordena que todos celebrassem naquela casa. Ordenou que houvesse uma grande festa, mas, de repente, durante a celebração, O Pai percebe que o outro filho, não estava em casa... Estava ainda no trabalho. Cultivando, cuidando dos animais, tocando alguma música, arrumando as cadeiras, não sei... Mas, este outro filho, não fez nada para que O Pai, pudesse se alegrar. Em momento algum foi atrás do irmão que havia se desviado. Continuou agindo como servo, continuou não usufruindo da Presença do Pai, e de todas as outras coisas que isso lhe possibilitavam. Ele fazia coisas para O Pai, mas, não usufruía da condição de filho e nem fazia nada para agradar o Pai. Qual dos dois filhos estava mais perdido? O que considerava bens e recursos sua Herança, ou o que fazia várias coisas, mas, não se preocupava com o que agradava o coração do Pai?


Jesus nos está ensinando que Deus é a Nossa Porção e a Nossa Herança. Deus está nos ensinando, que se não nos dedicarmos a procurar o que se perdeu; se não fizermos o que agrada o Pai, continuamos a viver uma vida miserável, como escravos num palácio, como canários presos em gaiolas de ouro...

Deus nos chamou para sermos e agirmos como filhos!

Gente, o Pai gosta de gente. Filhos, os filhos que querem agradar O Pai, vão atrás do que se havia perdido. O Pai, não vai atrás do filho pródigo. O Irmão deveria ter ido. O irmão ficou agindo como servo e não como filho. O irmão não foi atrás deste que se tinha perdido, pra dizer: Volta, você está errado! O Filho que ficou, e o filho que se foi, precisam renovar suas mentes, porque não há nada mais precioso do que a Paternidade do Nosso Deus.

O Evangelho de Lucas, o único que conta esta história, é o único que conta sobre um certo homem chamado Zaqueu. Um judeu perdido. Alguém pecador, ladrão, mas, que era amado! Jesus vai atrás dele, porque O Pai, O AMAVA. Muitos criticaram a Jesus por sua decisão de ir atrás daquele homem, de entrar e comer em sua Casa. Mas, Jesus, não age como servo, mas, É O FILHO DO DEUS VIVO.

Jesus, alegra O Coração do Pai, e permite que haja uma grande Festa no Céu, quando Zaqueu, aquele homem desprezível aos olhos humanos, amado, porém por Deus se arrependesse profundamente.

Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era rico. Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque havia de passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua casa. Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria. Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador. Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado. Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. (Luc 19:1-10)


VOCÊ É FILHO! COMECE A ALEGRAR
O CORAÇÃO DO PAI!
VÁ ATRÁS DO QUE SE PERDEU.

*** Comentário sobre a foto que ilustra esta Palavra: Quando um pai está abençoando os filhos, ninguém precisa ficar disputando espaço debaixo da Mão do Pai... O melhor lugar pra o filho Maduro é grudado no pescoço do Pai, porque a Herança de um pai, não é o que ele pode nos dar... A HERANÇA É O PAI...

"Tu és ABA ETERNO, a minha Porção e a minha Herança" - O que eu recebi de meus pais e o que eu tenho para dar aos meus filhos...



Ministério Pastoral,

Igreja Apostólica Betlehem

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Série: Parábolas - "O Ceará é grande, mas, os cearenses são poucos"


E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. (Mt 9:35-38)

Muitos, porém, os viram partir, e os reconheceram; e para lá correram a pé de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles. E Jesus, ao desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. (Mar 6:33-34)

Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens. Ora, ajuntando-se uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse Jesus por parábola: Saiu o semeador a semear a sua semente. E quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; e foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre pedra; e, nascida, secou-se porque não havia umidade. E outra caiu no meio dos espinhos; e crescendo com ela os espinhos, sufocaram-na. Mas outra caiu em boa terra; e, nascida, produziu fruto, cem por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Perguntaram-lhe então seus discípulos o que significava essa parábola. Respondeu ele: A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros se fala por parábolas; para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. É, pois, esta a parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhe do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos. Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas estes não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam. A parte que caiu entre os espinhos são os que ouviram e, indo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas, e deleites desta vida e não dão fruto com perfeição. Mas a que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança. (Luc 8:1-15)

Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. (Joã 4:35-38)

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio. Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio? Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro. (Mat 13:24-30) Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos. Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça. (Mat 13:36-43)

Em várias passagens vemos Jesus compadecer-se das Multidões. O que é uma Multidão? Um aglomerado de pessoas, pessoas que aparentemente abrem a mão de sua individualidade para caminhar, gritar, protestar, lutar, destruir... É como se a Multidão fosse um corpo, é como se na multidão houvesse uma unidade, a unidade da necessidade, do desespero, do sofrimento, Jesus, vê a Multidão e enxerga o indivíduo.
Cada um com um clamor diferente, com uma necessidade diferente, com uma história de vida diferente... Cada um. Jesus os vê, e Ele que conta a parábola do Pastor que deixa 99 ovelhas (uma multidão de ovelhas), e vai atrás de uma (porque se importa com a individualidade), vê ali e em várias outras situações narradas nos Evangelhos, sua compaixão por pessoas... Gente criada à Imagem e Semelhança de Deus, mas, que estão como ovelhas, buscando alimento, cura, segurança, abrigo.

É interessante que de uma parábola sobre ovelhas desgarradas, errantes, que representam pessoas, que estão buscando um lugar seguro, Jesus passa a falar de uma Colheita (Uma Seara), de vidas, uma Colheita  que Deus quer realizar, e vai conseguir através dos Ceifeiros.

Por meio de parábolas, Jesus compara as pessoas, a Multidão como ovelhas que não tem pastor, há uma profecia em Zacarias 11:4 “Pastoreia as ovelhas destinadas à matança!”, Jesus percebe o sofrimento, a fome as necessidades, que são de coisas naturais: Alimento, cura física, libertação de perturbações que muitas vezes as pessoas nem imaginam que seja de ordem espiritual até que se manifeste diante do Poder Maior do Nosso Deus, para que as pessoas sejam libertadas verdadeiramente.

É interessante que Jesus curava sim as pessoas, libertava vidas, mas, ele não apenas fazia isso para manifestar uma resposta à Compaixão que ele sentia por aquelas Vidas. ELE TAMBÉM AS ENSINAVA!

Ensinar manifesta a Compaixão de Deus. Devemos lembrar que esta mesma Multidão que seguia Jesus, fazia por causa do Pão que Ele multiplicava e dos milagres que Ele operava, mas, quando ele foi para a Cruz, a Multidão não o quis acompanhar. Nem tão pouco os seus discípulos.

Ensinar, Lançar a Semente, Pregar O Verdadeiro Evangelho, pode não ser o que as pessoas queiram. Muitas querem apenas os milagres. Muitos só seguem a Jesus, porque Ele dá Pão mesmo; Ele cura mesmo; Ele opera milagres mesmo... É verdade, isso pode ocorrer, mas, não cabe a nós os Semeadores ou aos Ceifeiros, julgarmos quem quer que seja... Temos que semear a Semente!

Sempre haverá pessoas que querem e pessoas que não querem; Na multidão dos famintos e desesperados, precisamos curar os enfermos, libertar os cativos, orar por milagres e por provisão, tomar atitudes de fé, para que haja suprimento, mas, TEMOS QUE ENSINAR A VERDADE, porque: “CONHECERIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ!” Jesus, operava maravilhas, mas, como resposta à Compaixão, Jesus ensinava as Multidões...

E quando falamos de Ensinar as Multidões, as pessoas, precisamos saber que sempre HAVERÁ 4 TIPOSDE PESSOAS que serão alvos de nossa pregação...

A Semente é a Palavra de Deus. A Semente não são as curas, os milagres, os carros, as casas, as palavras proféticas, de sabedoria, de auto-ajuda, de motivação pessoal... A SEMENTE É A PALAVRA DE DEUS. O EVANGELHO DO REINO DE DEUS...

O SEMEADOR SAI A SEMEAR A SEMENTE... Jesus quanto teve compaixão da multidão, antes de multiplicar os Pães, ENSINOU A MULTIDÃO, deu alimento a eles, lançou sementes a eles, falou da Verdade, ensinou-lhes sobre O Reino dos Céus.

Precisamos ser A BOA SEMENTE, para semearmos A SEMENTE DA PALAVRA DE DEUS, não podemos ser nós os que vão lançar o JOIO, pois é O Diabo quem lança O Joio. O Joio quando cresce parece com o Trigo, é difícil distinguir um do outro. Se O Joio for arrancado precipitadamente poderá se perder também O Trigo, e O Nosso Deus, não destrói o Justo com o Injusto, não fez isso em Sodoma e Gomorra, não fará jamais. Deus separa o Justo do ímpio, destrói o ímpio e coroa de glória o Justo. Hoje infelizmente há quem esteja semeando O Joio do Diabo, e gere cosias muito parecidas com aqueles que semeiam O Trigo. Mas, haverá em breve os que serão lançados no Juizo Eterno, por terem sido usados para confundir, enganar, espalhar mentiras gerando pessoas presas num falso evangelho.

As pessoas estão famintas, mas, muitas não querem Deus, não querem perceber que as misérias humanas existem porque abandonamos a Deus. Muitas pessoas apenas querem resolver seus problemas pessoais, querem as curas, o pão, os benefícios do Reino, mas, não a Obediência ao Rei do Reino. Se pregarmos outro Evangelho que não for o da Cruz, que compreende os milagres, as curas, a Esperança, mas, que aponta que não há Salvação em NENHUM OUTRO NOME, e aqueles que querem seguir a Jesus, precisam negar-se a si mesmos, à sua vida sem se importar com a Vontade de Deus, e então tomar a sua cruz e morrer para a antiga vida sem Deus... estaremos semeando Joio. Morte!

A SEMENTE É A PALAVRA DE DEUS.

Ainda assim, alguns vão ouvir... Mas, não vão querer! O Diabo, virá e roubará a Palavra lançada.
Outros, vão ouvir com alegria, mas, basta vir as dificuldades da vida, vão tentar dar algum jeito humano, vão buscar em algum outro lugar solução e perderão o que de tão precioso receberam...
Outros, são os que ouviram, mas, os prazeres deste mundo, como ESPINHOS sufocarão A Palavra, A Semente que foi lançada...
Não dá pra servir a Deus e as Riquezas, (já falamos sobre isso), é incrível, como as pessoas trocam a Deus, pelas bênçãos... Não há nada contra as bênçãos: Trabalho, Dinheiro, Esposa, Marido, Filhos, Negócios, Ministérios, Casas, Carros,... Bênçãos de Deus, mas, quando ocupam em nossas vidas O Lugar devido ao Senhor, passam a ser Altares de Mamóm, e serem os objetos de culto a Satanás, porque está escrito, que o ídolo em si não é coisa alguma, mas, o que se esconde atrás do ídolo é o que destrói as vidas....

E por fim... Aqueles que recebem a Palavra num solo fértil, numa terra preparada... Numa terra vazia... Numa terra arada... Talvez arada pelas lutas, pelas necessidades, pela expectativa de que não há em nós solução para os nossos problemas, talvez por que ninguém mais do que nós pode dizer: “Sem Jesus, nós nada podemos fazer”. A dependência dele, a Dependência da Semente, da Palavra, a dependência de algo que venha de Deus, encontrará um coração sedento, necessitado, um útero preparado para gerar, uma terra pronta para fazer brotar.... e então... OS FRUTOS... COM PERSEVERANÇA.

“Portanto, o que desde o princípio ouvistes, permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.” (1Jo 2:24-25)

“porque nos temos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o fim a nossa confiança inicial;” (Heb 3:14)

A Semente que nos gerou a vida de Deus em nós, será o que nos garantirá até o fim, se somos ou não participantes de Cristo. Não adianta dizer que somos do Senhor. A prova é se permaneceremos Nele até o fim. Uma vida de frutificação, vem da Semente que recebemos, de como a recebemos e se nela permanecermos até O Fim.


Ministério Pastoral,

Igreja Apostólica Betlehem

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Série: Parábolas - "Vinho Novo e Vinho Velho"



Vinho Novo e Vinho Velho

Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores. Então vieram ter com ele os discípulos de João, perguntando: Por que é que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem porventura ficar tristes os convidados às núpcias, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo, e então hão de jejuar. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; porque semelhante remendo tira parte do vestido, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; do contrário se rebentam, derrama-se o vinho, e os odres se perdem; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam. Enquanto ainda lhes dizia essas coisas, eis que chegou um chefe da sinagoga e o adorou, dizendo: Minha filha acaba de falecer; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá. Levantou-se, pois, Jesus, e o foi seguindo, ele e os seus discípulos. (Mat 9:9-19)

Outra vez saiu Jesus para a beira do mar; e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava. Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. Ora, estando Jesus à mesa em casa de Levi, estavam também ali reclinados com ele e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; pois eram em grande número e o seguiam. Vendo os escribas dos fariseus que comia com os publicanos e pecadores, perguntavam aos discípulos: Por que é que ele como com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores. Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando; e foram perguntar-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados às núpcias, enquanto está com eles o noivo? Enquanto têm consigo o noivo não podem jejuar; dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo; nesses dias, sim hão de jejuar. Ninguém cose remendo de pano novo em vestido velho; do contrário o remendo novo tira parte do velho, e torna-se maior a rotura. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, e perder-se-á o vinho e também os odres; mas deita-se vinho novo em odres novos. E sucedeu passar ele num dia de sábado pelas searas; e os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. E os fariseus lhe perguntaram: Olha, por que estão fazendo no sábado o que não é lícito? Respondeu-lhes ele: Acaso nunca lestes o que fez Davi quando se viu em necessidade e teve fome, ele e seus companheiros? Como entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, e deu também aos companheiros? E prosseguiu: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor. (Mar 2:13-28)


Depois disso saiu e, vendo um publicano chamado Levi, sentado na coletoria, disse-lhe: Segue-me. Este, deixando tudo, levantou-se e o seguiu. Deu-lhe então Levi um lauto banquete em sua casa; havia ali grande número de publicanos e outros que estavam com eles à mesa. Murmuravam, pois, os fariseus e seus escribas contra os discípulos, perguntando: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos; eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento. Disseram-lhe eles: Os discípulos de João jejuam frequentemente e fazem orações, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem. Respondeu-lhes Jesus: Podeis, porventura, fazer jejuar os convidados às núpcias enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim hão de jejuar. Propôs-lhes também uma parábola: Ninguém tira um pedaço de um vestido novo para o coser em vestido velho; do contrário, não somente rasgará o novo, mas também o pedaço do novo não condirá com o velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres e se derramará, e os odres se perderão; mas vinho novo deve ser deitado em odres novos. E ninguém, tendo bebido o velho, quer o novo; porque diz: O velho é bom. (Luc 5:27-39)

Muitos se perguntam: “Como é que Jesus foi chamar Judas, para ser seu discípulo? Outros ainda Pedro? Um cara grosso daquele, cheio de defeitos... Tomé, com saas dúvidas; Simão, o zelote, um revolucionário... Mas, nenhum dos discípulos de Jesus, causou tanta polêmica ao ser chamado, quanto MATEUS, Um Levi.
Foram os Levitas, os responsáveis por guardarem toda a história e tradição de seus pais, desde Adão, que receberam de seu pai Levi, o que mais viveu de todos os filhos de Jacó, que foram viver no Egito. Dos filhos de Levi, Coate, Gerson e Merari surgem os Levitas, responsáveis no deserto par cuidar das coisas santíssimas do Senhor, como transportar a Arca da Aliança, a Menorah e os Altares, além de transportarem toda a estrutura do Santuário que Deus ordenou que fosse construído no deserto. Quando Salomão edifica um casa ao Nosso Deus, os levitas que desde os dias de David, tornaram-se os adoradores com música, guardas dos tesouros, também agora no Templo cuidavam das portas, além de todo serviço sacrificial, que a população de Israel apresentava a Deus continuamente.
Tudo isso, pois na ocasião do Bezerro de Ouro, conhecedores da história e da tradição dada por Deus aos seus pais, os Levitas, não se prostraram diante daquela estátua DETESTÁVEL, e porque eles pegaram nas espadas para matar todos aqueles que se prostituíram pecando contra o Nosso Deus, naquela idolatria...
Os antepassados de Levi, foram Zadoque, Pinchas (Finéias), Eleazar, Arão (irmãos de Moisés), Coate, Levi, Jacó, Isaque, Abraão,... Sem, Noé...Matusalém... Adão. Quanta história, quanta tradição, quanta responsabilidade...

Mateus, por sua vez, nos dias de Jesus, era um Cobrador de impostos... Um judeu que servia a Roma, cobrando impostos de seus irmãos judeus... Ele não estava no Templo, ele não realizava sacrifícios, ele era um publicano, Cobrador de Impostos, visto como traidor do seu próprio povo, e muitas vezes como ladrão, porque os cobradores de impostos, deviam muitas vezes cobrar mais do que deviam, ou desviar parte do que era arrecadado.... Visivelmente Mateus era um homem de posses, (coisa que não necessariamente quer dizer, que alguém assim seja um ladrão e pecador), mas, quando Jesus depois de chamar a Mateus, o Levi, para ser seu discípulo, e este homem largando uma profissão tão importante e tão bem remunerada, Mateus convida Jesus para COMER EM SUA CASA... Chama seus muitos amigos, para que também eles possam ouvir a Jesus... E então surgem muitos problemas... Quem Jesus pensa que é? Porque Ele faz tais coisas? Como ele não viu que este Mateus é uma pessoa de reputação meio duvidosa.... Como se já não bastasse tudo isso, nos parece que este convite de Jantar se deu numa das épocas em que os judeus jejuavam...

Os judeus jejuavam algumas vezes no Ano. O Jejum do Yom Kipur, estabelecido na Torah; O Jejum de Ester, estabelecido por Mordecai como parte das celebrações do Purim; O Jejum de 9 de Av, data da destruição do Templo, época que o povo murmurou contra Deus no deserto, levando-os a peregrinar 40 anos... Além disso, os fariseus tinham o hábito de jejuarem uma vez por semana, geralmente às 5ªs feiras, véspera do Shabat, também como uma tradição religiosa... E é provável, que o dia que ocorreu este jantar na casa de Mateus, fosse uma destas datas, em que os judeus jejuavam. Certamente não era um Yom Kipur, quando Deus, ordena que todos deveriam AFLIGIR AS SUAS ALMAS, ou talvez não tenha sido o Jejum de Ester, que embora fosse também uma Tradição, e não uma Lei (TORAH), mas, o que sabemos é que era um dia em que os discípulos de João, O Batista (que era um Sacerdote, da ordem dos Saduceus, que abandonara o serviço no Templo, mas, ensinou algumas coisas a seus discípulos, que eram boas, mas, que faziam parte da tradição dos judeus e não da Lei), , e também os fariseus.

O quadro do embate está pintado: Jesus na casa do publicano (para os judeus, um PECADOR), num dia em que todos jejuavam, comendo com amigos de Mateus, também mal vistos pela sociedade...

A religião grita de dentro da gente, porque nós mesmos sabemos que fazemos muitas coisas erradas, mas, lutamos para manter um padrão de comportamento, principalmente público, que demonstre que nós somos fiéis a Deus, e fazemos coisas para provar isso. Quando alguém não cumpre os mesmos protocolos da religião, nós nos esquecemos das coisas ruins que fazemos, e supervalorizamos as coisas boas como uma bandeira do nosso temor a Deus... Muitas coisas no entanto que usamos, para esconder nossa miséria humana, por conta do pecado, sequer é a Vontade de Deus. Não que as tradições sejam ruins, pelo contrário, imaginem, pessoas, que jejuam constantemente, buscando a Deus, se isso é algo ruim? É claro que não! Agora, quando alguém faz algo, que Deus não pediu, e quer obrigar outros a fazer tais coisas, como se fosse um padrão de espiritualidade, ou uma regra para se denotar um bom servo de Deus.... Ah não! Isso é PECADO, E PURA RELIGIÃO...

O JANTAR ESTÁ SERVIDO! A comida de Jesus é fazer a Vontade do Pai, que está nos Céus...

Questionado pelos discípulos de João e pelos fariseus ali presentes Jesus não se digna a falar com eles claramente. Nós temos aprendido isso. Ele só falava a eles por parábolas. Jesus diz que enquanto está presente o Noivo, não podem jejuar os convidados; não é lógico que façam isso, não é certo que façam isso!
Jesus é criticado pois seus discípulos passando por uma plantação, pegam algumas espigas para comer, sendo que este era um SHABAT, e Jesus, diz que O Shabat foi criado para o homem e não o homem para ficar preso ao SHABAT. Jesus se apresenta como O SENHOR DO SHABAT, O dia de SHABAT é uma representação de Jesus no Tempo, e as pessoas ficam tão presas no que se deve fazer ou não se pode fazer no Shabat, que não conseguem experimentar o mais precioso que é estar COM O NOIVO, COM O SENHOR DO SHABAT, JESUS.
Jesus explica que David, não pecou quando comeu os pães da Preposição destinados apenas aos sacerdotes, porque David, rompendo um limite da RELIGIÃO, faz o que está no coração de Deus que é viver como se TODO SERVO DE DEUS FOSSE UM SACERDOTE. UM RENO DE SACERDOTES, sempre foi a Vontade de Deus, e então como Sacerdote Davi, comeu o pão da Preposição; David abençoou o povo; Davi vestiu roupas sacerdotais e foi dançando em frente da Arca da Aliança... Ele não estava pecando, estava vivendo a Lei de Deus impressa em seu coração, e não como regras ou tradições humanas. Quem via David fazer tais coisas, quem observava Jesus, ou seus discípulos, não apenas torciam o nariz, mas, os criticavam, os consideravam pecadores, pois desrespeitavam a Torah..., Mas, Jesus é a Torah que se fez carne e habitou entre nós. Jesus nunca pecou nenhuma vez, por todos os dias de sua vida... Jesus, nos ensinou na prática a viver a Lei de Deus, a viver a TORAH, por amor e não por obrigação.
Fazendo de coração segundo a Vontade de Deus, e não segundo a Tradição humana, que faz muitas vezes alguns se acharem justos, por cumprirem certas regras humanas, e pior que isso, considerarem injustos alguns que não praticam tais regras...

Certo era que aqueles homens que se reuniram na Casa de Mateus, porque Jesus estava ali, eram pecadores mesmo. Não porque não cumpriam as tradições religiosas dos fariseus, e dos discípulos de João, mas, porque muitos deviam roubar mesmo; adulterar, mentir, enganar, e coisas assim, porque TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS FORAM DA GLÓRIA DE DEUS, mas, Jesus, mesmo comendo com eles, não agia como eles.
Jesus não comeu ali carne de porco; não comeu sangue; não comeu camarões ou frutos do mar, nada que a TORAH proibisse. Jesus, não pecou! Ele comeu com pessoas que era de má reputação diante dos olhos dos religiosos.
O que acontece no entanto é que se alguém é visto com pessoas de má reputação, alguns podem achar que alguém que é visto com ele tem as mesmas práticas que tais pessoas. E Jesus nos mostra e ensina, que não precisa ser assim, pelo contrário. Jesus nos ensina a andar com todo tipo de pessoa, mas, manter um comportamento que possa ser uma nova referência para as pessoas.

Que não façamos como os religiosos, que vão criticar as pessoas porque não agem como agimos, mas, que deixem as pessoas curiosas, porque temos certos comportamentos, porque falamos, agimos, lidamos com certas situações diferente do que as pessoas que não conhecem a Deus como conhecemos... Nós pecamos também, e em algumas áreas que acertamos, não podemos exigir que os outros façam como nós, podemos inspirá-las, para que elas mudem. Enquanto devemos buscar exemplos que nos inspirem a melhorar e crescer cada dia mais, (e Jesus é o nosso maior exemplo), devemos andar com as pessoas, e mostrar que existe uma maneira diferente de viver, de trabalhar, de conviver em família, de conviver com os amigos, de tratar de negócios, de se divertir, segundo o Temor do Senhor...

Agora uma das parábolas mais conhecidas de Jesus: O Vinho novo e o Vinho Velho...

Qualquer pessoa que caminhou algum tempo em tradições religiosas e se adaptou bem a elas, fez de tais tradições uma maneira de viver. E como dissemos, há tradições que não são ruins, há boas tradições, como jejuar, por exemplo.  Alguém que se adapta a este tipo de regras, é muito confrontado quando percebe que tais regras, não são condições para a Salvação, e nem para o relacionamento com Deus. Pessoa assim são chocadas, porque pensam: Como aquelas pessoas que não praticam o que eu pratico, podem achar que podem ter um relacionamento com Deus, como eu tenho, ou ainda melhor do que eu tenho...

Falando assim, parece que nunca nos conseguimos enquadrar entre os religiosos... Pelo contrário conseguimos pensar em dezenas de pessoas que conhecemos e que as reputamos por religiosos... Mas, Jesus está falando com cada um de nós.

Frases do tipo: Ah no meu tempo é que os louvores era bonitos; antigamente a gente jejuava mais, orava mais; hoje em dia não tem mais aquele temor que tinha antigamente; ,,, Um certo tipo de vocabulário; um certo tipo de uniforme; um certo tipo de comportamento diante dos irmãos, diferente do que teríamos se não estivessem presentes. Um certo tipo hábito que temos e exigimos no convívio com os irmãos, mas, não praticamos no nosso dia a dia com nossa família e amigos... são mais do mesmo fermento, da mesma religião que fazia com que as pessoas não entendessem as parábolas de Jesus....

Precisamos, todos nós precisamos de colírio para os nossos olhos. Todos nós precisamos do antídoto, contra este demônio da Religião. Todos nós precisamos do Espírito Santo escrevendo em nossos corações a TORAH de Deus, não para que mostremos para os outros, mas, para que vivamos para Deus.

Há algo novo que Deus, quer e vai derramar, mas, se não mudamos nossa maneira de ver, de entender, de viver, Deus não pode derramar... Pois se ele derramar este Novo, isso se perderá, mas, pior do que se perder o que Deus está para fazer... Nós nos perderemos, porque não aguentaremos este Novo de Deus.

Vamos ficar como juízes de nossos irmãos, não aproveitando o que Deus está fazendo e não permitindo que ninguém ao nosso redor aproveite, porque vamos considerar, errado, pois em nossa tradição e religião, aquilo que estamos vendo não é como o que já vivemos no passado.... Se desperdiça o Novo de Deus, e vidas são destruídas...

Num pano velho não se põe um remendo de pano novo. Porque a costura vai ceder e vai se perder o remendo novo e não vai solucionar o problema do velho... Não se põe vinho novo em odres velhos, se não se perde o vinho e se arrebenta os odres...

Vejam que coisa nova Deus está fazendo?!
Orem, se esforcem, rejeitem a Religião, as práticas (até boas), foram importante no passado, foram passos importantes que demos em nosso crescimento espiritual, (nunca esteve em jogo o fato de tais coisas terem sido importante). Ssão como cadernos de escola, que alguém guarda desde o primário.... Foram importantes, mas, hoje não são mais necessários. Ninguém vai olhá-los para aprender algo... Não podemos obrigar que os outros aprendam com os mesmos métodos, como quem diz: “Não há outra maneira de aprender!”

O Chefe da Sinagoga, chamado Jairo, desesperado, porque sua filha estava morrendo... Prostrou-se aos pés de Jesus, e pediu que o mestre fosse até a sua casa para impor as mãos sobre sua filhinha....

Coisas assim a religião não explica, ninguém entente, só entende quem precisa mesmo; só vai ver a filha ressurgir dos mortos, que romper os padrões da religião... O vinho novo para Jairo, foi ver sua filhinha viva de novo em seus braços... Não faça um lindo velório pra sua filha! Faça um lindo banquete, para celebrar que ela ressuscitou!

Queira o vinho novo! Permita uma mudança no teu interior!
Não é necessário que alguém morra pra você seja mais flexível!
Não faça porque está escrito; Não faça por que os outros fazem; Não faça porque você sempre fez...
FAÇA POR AMOR; FAÇA PORQUE JESUS FEZ; FAÇA PORQUE HÁ UMA CONVICÇÃO DENTRE DE VOCÊ QUE É O QUE JESUS FARIA...

Ministério Pastoral,

Igreja Apostólica Betlehem