terça-feira, 2 de maio de 2017

Série: "O Ministério da Cruz" - A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO



A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

Base do Texto: João cap. 11

Nenhum Evangelho descreve como João estes últimos momentos do ministério de Jesus. Não seguindo a linha dos outros Evangelhos que seguiram o exemplo do Evangelho de Marcos, muito provavelmente contando a visão de Pedro sobre o ministério do Mestre. João mostra Jesus se encontrando com pessoas. Ele se encontra com Nicodemos, com a Mulher Samaritana, com o Cego de nascença, e agora com seus três amigos queridos, três irmãos, Marta, Maria e Lázaro que falecera.

Semelhantemente ao que ocorreu com o Cego que se lavara no tanque de Siloé e passara a enxergar, Jesus disse aos seus discípulos que aquela doença, aquela situação era para a Glória de Deus.

Muito interessante pensar nisso, que há doenças com as quais as pessoas vão morrer. Isso ocorre com todos, é natural. As doenças vão surgindo como consequências do pecado, da degeneração do ser humano e invariavelmente antes dos 120 anos, todos os seres humanos morrem.

Há porém, enfermidades, há situações que não são para a morte, não são consequências do pecado, mas, são para que se manifeste a Glória de Deus!

Talvez com o tempo, com a experiência de conhecer O Senhor, de discernir a Sua Voz, consigamos entender que em alguns casos quando pessoas nos contam sobre suas enfermidades e calamidades, não sentimos medo, pena, dor, sentimos claro uma profunda compaixão, por alguém a quem amamos estar enfrentando tal ou tal situação, mas, há em nosso coração uma paz, ou uma “frieza”, uma certeza, não sei, de que aquilo não é para morte. Oramos, e como não sabemos dos detalhes, esperamos com paciência, sem entender a nossa aparente falta de empatia com o sofrimento das pessoas, até que a Cura, a mudança de sorte, o milagre se rompe e ficamos sem entender, porque não nos abalamos. Será que sentimos em nosso espírito que tal situação era para a Glória de Deus?

Há outras situações, que nos pedem oração, e nós oramos, ou às vezes sem ferir ninguém, ou expor certas situações, não oramos por cura, mas, para que a Vontade de Deus seja feita, como se já estivesse claro em nosso coração que a Vontade de Deus é recolher tal pessoa, e não adianta ou vale à pena orar, ou seria como se estivéssemos orando contra a Vontade de Deus que parece ter sido mostrada em nosso coração por tal situação, quando Deus já colocou uma convicção em nosso coração que Ele vai recolher aquela vida.

Há outras situações ainda, talvez as mais frequentes, em que oramos e oramos por determinada pessoa, oramos durante anos, mas, aquela situação ou enfermidade não retrocede um milímietro, pelo contrário, parece que quanto mais oramos, piora. Como explicar isso? Eu sei que Jesus, nunca chega atrasado!

Tendo sido avisado da situação do amigo, e não obstante o pedido de suas irmãs, a quem Jesus amava tanto, Ele não se moveu pela circunstância, mas, discerniu que o melhor era o Centro da Vontade de Deus, e talvez qualquer um de nós, correria para atender este pedido de um amigo. O que custa orar, e correr para uma visita, ou para ungir este ou aquele...

Quem cura não somos nós, não é o nosso envolvimento emocional, familiar, financeiro, ou qualquer outro com as pessoas, que vai gerar uma cura ou um milagre. É Deus quem opera, tudo em todos!

Era um momento muito conturbado. Todos queriam matar a Jesus, e os discípulos sabiam disso e temiam isso. Talvez fugiam da realidade de que Jesus já lhes tinha dito muitas vezes que iria sofrer nas mãos dos sacerdotes e escribas, e depois morreria, a Morte maldita da Cruz. A questão é: "QUANDO". 

Jesus, O Cordeiro de Deus, tinha que se oferecer a Deus na Páscoa, pois tudo o que ocorrera no Egito, quando Deus libertou o seu povo, eram sombras, alusões ao que Jesus faria pelo povo judeu e por pessoas de todo o mundo como nós. Ele não podia fugir do propósito de Deus, não apenas de sua morte, mas, do Tempo determinado por Deus para aquele fato Remidor.

Tomé, que é tão mal visto, como sendo um homem de pouca ou nenhuma fé, foi quem sugeriu que todos fossem com Jesus e que provavelmente morreriam juntamente com Ele.

Sempre ante as lutas de nossas vidas, cada ser humano acaba reagindo de uma maneira diferente. Isso é visível na maneira em que as duas irmãs, vão até a Jesus, crendo que se Ele estivesse lá, tal fatalidade não ocorreria.

Marta cobra Jesus, como que dizendo: - O que adianta crer e ter o Senhor como amigo, se na hora “h”, você não estava presente?
Marta se adianta, se antecipa, vai ao encontro de Jesus e cobra Dele por sua ausência. Maria, espera, e só vai ao Encontro do Mestre, quando Marta, diz que Ele a chamara (Ele não a chamou... Foi tudo do ímpeto de Marta, que não aguentava esperar, sem fazer algo).

Maria por sua vez, está onde sempre esteve: aos pés de Jesus. Em todos os relatos que esta moça aparece na Bíblia, ela está prostrada aos pés do Senhor, ora para lavá-los com suas lágrimas e enxugar com seus cabelos; ora para ouví-lo e aprender Dele; ora para clamar, mas, SEMPRE AOS PÉS DE CRISTO.

Jesus vendo aquilo, se emociona e chora. O que é isso? Amor, humanidade, e ao mesmo tempo compaixão, provinda da sua Divindade. Ele jamais fora vencido pela morte em toda a sua Vida. Todas as vezes que se deparou com situações sérias, como doenças, mortes que acabaram de ocorrer, ou que já havia ocorrido há mais tempo demonstrava o seu poder e ressuscitava mortos. Isso ocorreu inúmeras vezes em sua vida.

A ressurreição de Lázaro, inquestionavelmente é o fato, que precipita tudo o que iria ocorrer até a morte de Jesus. Primeiro as pessoas que já começavam a chegar para a Páscoa, decidiram ir até a casa de Marta e Maria para consolá-las. Elas deviam ser pessoas bastante abastadas e conhecidas, pois a propriedade delas não era uma casa qualquer.

Tempos depois da ressurreição a multidão que ficou sabendo de Lázaro decide ir até a sua casa, só para vê-lo. O fruto de um milagre tão grande. A pergunta é: “Será que há situações em nossas vidas, tão dramáticas, dolorosas, incompreensíveis, mas, que escondem uma realidade: “Deus será glorificado nesta situação?”

É muito interessante comparar a Ressurreição de Lázaro, com a de Jesus.

Ambos, colocados numa sepultura escavada na rocha. Ambos, em sepulturas de famílias abastadas. Ambos, cerrados dentro das sepulturas com pedras, que tapavam a entrada principal.

Alguém precisou remover a Pedra; pessoas tiveram que soltar Lázaro que estava preso pelas mãos e pelos pés. Alguém teve de tirar o lenço que cobria sua cabeça... 

Mas, Jesus, A Ressurreição e a Vida quem disse a Lázaro: "VEM PARA FORA!", não precisou que homem nenhum lhe removesse a Pedra. Jesus, atravessou a porta daquele pequeno túmulo, deixou o lenço que lhe cobria a cabeça cuidadosamente dobrado. Jesus nos provou que Ele é a Ressurreição e a Vida, e que todo aquele que nele crer não perece, mas, tem a Vida Eterna, e “ainda que esteja morto”... VIVERÁ!

O que em nossa vida, não é para a morte, vergonha, tristeza, briga, dor, mas, é para que se manifeste a Glória de Deus?

O que está apenas dormindo? O que verdadeiramente Deus deixou morrer, porque Ele não vai realizar mais uma cura, mas, Ele fará um milagre que vai apontar para todos ser Ele realmente Deus e Senhor  da tua vida?

Talvez alguns de nós, diferentemente de Jesus, precisamos soltar as ataduras que nos prendem mãos e pés, e é preciso que tiremos os lenços que cobrem as cabeças uns dos outros, porém, mais importante do que tudo, precisamos ouvir a Voz do Rei, O Rugido do Leão nos dizendo: VEM PARA FORA!

O que Jesus tem feito e vai fazer em sua vida, vai ser um Testemunho para muitos que Ele é o Messias, que Ele é o Rei. A partir deste momento de sua vida, as pessoas ao verem Jesus, pela obra em tua vida, vão dizer ao Senhor: 

“Bendito é aquele que vêm 
em Nome do Eterno!”

Ministério Pastoral,

Igreja Apostólica Betlehem

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