quarta-feira, 19 de junho de 2019

Série: Da Precisão para a Exatidão - DISCIPLINA


TEMA: DISCIPLINA

Rm. 7:14 a 25 – “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.”

Rm. 6: 19 – “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”

I Co. 9:27 – “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.”

Pensando nas Folhas de Figueira, usadas por Adão para esconder a vergonha de seu Pecado diante de Deus, em comparação com o que o Apóstolo Paulo nos revela em suas cartas, percebemos um grande risco, de continuar fazendo o que é muitíssimo comum que é nos defendermos através de desculpas ou acusações, por nossos pecados, erros, faltas, dívidas.

A Pergunta do Apóstolo dos “Não-judeus”, no entanto é muito importante para nós: “Quem nos livrará do corpo desta morte?”

É que eu sou assim mesmo... (a carne é fraca), a culpa é do Pecado que habita em mim.

O desejo incontrolado por um pecado; uma paixão que te leva a um relacionamento fora da benção de Deus; um vício; um comportamento explicitamente condenado na Palavra de Deus; um hábito, talvez adquirido em sua família de origem, coisas que te levam constantemente a pecar, mesmo que você tendo consciência que tal atitude ou circunstância ferem a Santidade de Deus, teu relacionamento com Ele. Coisas que podem afetar tua família, as pessoas que mais te amam e dependem de você.

Eu não queria... (O querer o bem não está em mim)

Não somos condenados à morte pelas tentações que sofremos, mas, pelos pecados que cometemos. HÁ UMA LUTA DENTRO DE NÓS!
Se só a nossa carne está ganhando, ou seja, se o Pecado é o que mais aparece em nós, qual o lugar de Cristo em nossa vida? Entregamos nossa vida de fato a Ele? A obra da Cruz foi realmente suficiente para nós? Porque parece não ter havida mudança alguma de uma vida de Pecados para uma Vida em Cristo.

Parece mais um argumento da tristeza do nosso remorso, quando dizemos para nos consolar a nós mesmos: “Eu sabia que isso era errado”, “eu jamais deveria ter feito isso ou aquilo”, “consigo ver e reconhecer aonde errei”... Qualquer destas coisas te livra do Pecado? Te ajuda a mudar? Te garante uma transformação?

Ter auto-piedade, dar desculpas a você mesmo, perdoar-se porque você não queria realizar aquilo que fez, mesmo sabendo que era errado, como pode te salvar?

Fingir que aquilo não ocorreu; esquecer rapidinho do seu pecado depois de uma oração decorada de poucas palavras, de fato pode te ajudar a não pecar mais?

Deus pode nos transformar? (Se não queremos)

 Lc.: 12: 48 – “...Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.”

Uma pessoa que não conhece a Deus, vive praticando alguma religião (mesmo de matiz Cristã), ou que vive uma vida comum de Pecados sem se importar com a Vontade de Deus, sendo no entanto uma pessoa respeitosa na sociedade, de bons hábitos e bons costumes, ou mesmo alguém que sem Deus viva uma vida de violência e vícios... Tais pessoas não se importam com a questão do Pecado. Ou conhecem alguma mentira sobre a Vida após a Morte e se consolam com estas fábulas, ou procuram não pensar neste tipo de assunto, devotando todo seu tempo e esforço em coisas para uma vida de qualidade aqui neste mundo natural. Sendo trabalhando ou mesmo sendo desonesto, mas, se esforçando para ter conforto, bens, sensação de paz e segurança.

Há, porém, pessoas que conheceram o Evangelho de Cristo, foram ensinadas sobre as Verdades de Deus, foram batizadas no Espírito Santo e operam os dons de Cristo, mesmo assim, continuam pecando, ou em certo momento de suas vidas, cedem ao Pecado de uma forma terrível, talvez sendo esta época apenas o ápice de anos e anos de pecados escondidos dos quais jamais houve um arrependimento verdadeiro. De quem se espera uma maior cobrança? Dos que jamais conheceram a Deus, ou dos que o conheceram?

Se conhecer a Deus, se a obra de Cristo na Cruz do Calvário é suficiente para redimir todos do Pecado e da Morte, como lidar com os que conhecendo a Deus optaram pelo Pecado, sendo que alguns, mesmo confrontados permaneceram no Pecado?

Como alguém que conhece O Senhor pode se deixar levar assim, por Satanás? Pense bem no Adão (se conhecia a Deus ou não conhecia?), Cam (filho de Noé), Esaú, Corá (primo de Moisés), Sansão, Saul, David, Salomão, Judas, Pedro... Se havia uma Manifestação tão grande da Presença de Deus na vida destas pessoas, que experimentaram coisas inefáveis de Deus, como caíram? Porque (com exceção de alguns) tais homens permaneceram nas Trevas? 

Se a condição de condenado pelo Pecado, foi resolvida pela Obra de Cristo na Cruz do Calvário e o Espírito Santo é o selo, o penhor, a confirmação desta obra na vida de todo aquele que crê, sem dúvidas esta é uma Transformação colossal, que se dá no ser humano, que antes condenado pelo Pecado, agora, tem seu nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro. 

É de se presumir que haverá então uma mudança na vida desta pessoa, que vai deixar muitos pecados, muitas situações que não condizem mais com sua nova vida em Cristo, mas, com o passar dos anos, por que alguns pontos ainda são vulneráveis aos ataques de Satanás? Por que tantas quedas? Porque  (como o Apóstolo Paulo) dizemos: “Quem me livrará do corpo desta morte?”

Parece que esta luta esganiçada contra o Pecado, tem sido pintado de cor de rosa por muitos, e outros tantos tem feito vistas grossas para esta condição de todo ser humano, que um dia disse: “Eu entrego a minha vida a Jesus”, mas, tal qual o rapaz que fica noivo com uma jovem, mas, jamais marca a data do casamento, estamos como que defraudando a Cristo, porque parece que nunca entregamos de fato nossas vidas para Ele. Áreas de nossas vidas, quartos escuros da nossa casa espiritual, ainda estão infestados de ratos, baratas, sujeira, bagunça...

Nossa alma, que já cansamos de ensinar, ouvir, aprender, entender, compreender, que é o PROCESSADOR das informações derivadas do nosso espírito e do nosso corpo, tem muita dificuldade para digerir (processar), informações contrárias, e por isso o juízo de valor que fazemos tende a agradar um lado de nós e entristecer ao outro.

Se nossa alma, satisfaz a Vontade da nossa Consciência (a Voz do nosso espírito), invariavelmente vai lutar com a Voz da Razão (que vem da própria alma), tendenciosa a atender mais as demandas da carne, pois está absolutamente envolvida com ela.

Uma das consequências do Pecado, foi justamente a DIVISÃO ENTRE A ALMA E O ESPÍRITO, e por isso, temos muito, muito mais informações derivadas do desejo da nossa carne do que da Paixão por Deus que há no espírito de alguém que entregou-se a Cristo... Que luta!!!!

O Apóstolo Paulo, ser humano, passível de todo tipo de tentação e luta como qualquer um de nós, nos dá um conselho. Ele ainda diz: “Falo como homem”, na perspectiva, com o olhar de alguém que passa, que enfrenta o mesmo tipo de problema que cada um de nós, ele entendendo e querendo nos ajudar pela experiência tanto na carne, como com Cristo, coisa pela qual foi designado para ser Apóstolo para os não judeus, ele nos exorta:

“Ofereçam os membros do vosso corpo para servirem à Justiça para a Justificação”

Temos aprendido por Deus neste tempo que a Justiça de Deus é um processo que nos foi dado por Cristo, no qual temos de glória em glória, de fé em fé, de vitória em vitória, sido transformados para parecermos com Cristo, vencendo o Mundo, o Pecado, a Morte e Satanás.

Como oferecer a Boca para Deus? Como oferecer as mãos, os olhos, os ouvidos, os órgãos sexuais, os pés, os pensamentos, tudo em nossa vida para Deus? 

Neste conselho parece que o Apóstolo Paulo nos exorta de que se fizermos isso, poderemos alcançar vitória contra o Pecado, pois ele diz de si mesmo: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

A que escravidão ele reduz o seu corpo, se o corpo é escravo da Lei do Pecado? Parece que ele decide que o Pecado em sua vida, vai perder um escravo, pois Paulo parece que com dureza vai tratar o seu corpo, obrigando-o a servir a Lei de Deus que está em seu espírito. Há uma violência, há um obrigar! Há um agir voluntário, racional (agora a alma racionalmente vai agir não segundo a vontade da carne, mas, vai agir com a razão adquirida pela Presença de Deus na vida do homem ou da mulher que serve a Deus). HÁ UMA DISCIPLINA!
  
DISCIPLINA


Mt. 28: 19 e 20 – “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...”

Jesus ordenou que se fizessem DÍSCIPULOS para Ele de todas as nações. Tanto em hebraico quanto em grego, as palavras para Discípulos falam de filhos, alunos, aqueles que recebem disciplina, o ensino, orientações de um Mestre.

Talvez estejamos falhando em fazer discípulos para Jesus, assim como talvez falharam conosco. Os discípulos de Jesus, foram discipulados pelo Mestre para que deixassem: pai, mãe, irmãos, amigos, casas, propriedades, tudo por amor Dele. Ainda em face da morte, seus discípulos não abriram mão do que receberam de Cristo. Mesmo João, o único que não morreu de morte violenta, já que tomou a decisão de subir o Monte da Caveira, quando Cristo estava ali crucificado, como que declarando: Estou pronto para morrer juntamente com Ele.
Foi esta a Doutrina de Cristo que nos foi deixada pelas Escrituras, mas, com o passar dos séculos, as facilidades da vida, os pais de muitos deram aos seus filhos o que não podiam. 
Quiseram dar a seus filhos o que nunca tiveram. A cada geração, os pais, mais se esforçam para que seus filhos não chorem, não sofram, tenham de tudo, não sejam pressionados por situações difíceis.

Temos hoje uma crise terrível de autoridade, porque os filhos não respeitam mais os pais, porque os pais aprenderam que não se pode bater nas crianças. Os professores não podem cobrar os deveres de casa dos alunos e os DISCIPLINAREM porque se não os pais que pagam as mensalidades das escolas vão reclamar dos professores (e até processá-los por assédio moral), já que expuseram as crianças à dureza da DISCIPLINA.

No Brasil é muito comum pais com algum tipo de influência usarem da corrupção para conseguir que seus filhos deixem de prestar o serviço militar, para que possam ficar andando de skate, usando drogas e vivendo uma vida absolutamente sem DISCIPLINA.

Não chegamos no horário dos cultos, não jejuamos, não somos pontuais, não queremos ser contrariados, não gostamos de ser expostos à vergonha, não suportamos que alguém chame a atenção dos nossos filhos (mesmo na igreja), - EU SOU MUITO PAI PARA CHAMAR A ATENÇÃO DO MEU FILHO! NÃO DOU O DIREITO A NINGUÉM FAZER TAL COISA!

Ficamos de tromba, quando alguém expõe uma criança de 5 ou 6 anos, porque está desordenadamente atrapalhando uma conversa, um culto, estando numa situação de risco, ou mesmo MALEDUCADAMENTE, agindo de forma inconveniente.

A questão é: Quanto aos nossos filhos, se não mudarmos de atitude como pais (estamos amaldiçoando a quem tanto amamos e os expondo às garras de Satanás e a problemas na escola, no mundo profissional, com a polícia, justiça, governo, com o casamento...etc...), mas, se nós fomos criados INDISCIPLINADOS, e não gostamos de DISCIPLINA, e não percebemos que isso é uma rota de destruição para as nossas próprias vidas... Amanhã pode ser tarde demais!

O Dia de mudar é hoje!

Depois do Pecado, nós sabemos qual foi a porta para que a tentação chegasse até nós. Como Sansão, fomos brincando com o Pecado até que esta Serpente nos mordesse entre os olhos. Não entramos em transe, não ficamos endemoninhados quando estávamos pecando, fizemos isso conscientemente! Sabíamos o que estávamos fazendo e CALAMOS A VOZ DA NOSSA CONSCIÊNCIA que gritava: NÃO FAÇA ISSO!!!

Temos que calar agora outras vozes. Temos que ESMURRAR O NOSSO CORPO, PARA NÃO PECAR CONTRA DEUS.

Hb. 12: 4 a 8 – “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.”

O nosso exemplo SEMPRE É JESUS:

Hb. 5: 7 e 8 – “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”

O caminho da obediência é o SOFRIMENTO, A RESIGNAÇÃO, O DIZER NÃO PARA NÓS MESMOS E SIM PARA O QUE É CERTO, JUSTO, ETERNO, DIGNO, VERDADEIRO, FIEL.

Ore por isso!

Jejue, primeiro para aprender a ser disciplinado para com Deus e depois para que haja avivamento nas nações. O avivamento nas nações virá, mas, sem Cristo jamais participaremos deste momento glorioso!

De frequentadores de igrejas, de ministros de adoração, diáconos, pastores, apóstolos, crentes, evangélicos, pentecostais, está na hora de nos tornarmos FILHOS DE DEUS.

ESCOLHE, POIS, A VIDA, PARA QUE VIVAS, TU E A TUA DESCENDÊNCIA,

COMO?

AMANDO O SENHOR, TEU DEUS, 
DANDO OUVIDOS À SUA VOZ E APEGANDO-TE A ELE


Paulo de Tarso, apóstolo 
Igreja Apostólica Betlehem

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