terça-feira, 13 de setembro de 2016

Série: "Cristo em nós" - PARA ISSO É QUE EU VIM




Mc. 1: 38 a 45 – “Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios. Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.”

“Para ISSO é que Eu vim” – Jesus, chama seus discípulos para irem a outros lugares para poder PREGAR, esta palavra usada por Marcos fala de proclamar, anunciar, fazer conhecer, tornar público, e Jesus fazia isso nas Sinagogas.

Sabemos que Jesus veio a este mundo para entregar-se na Cruz do Calvário, fazendo expiação, isso quer dizer: Tomando o nosso lugar na morte, consequência do Pecado, para que pudéssemos ter parte em Sua Vida Eterna. Se dissermos que Jesus veio para isso, pois Ele é O Cordeiro que tira O Pecado do Mundo, de maneira nenhuma estaremos errados, mas, ao ler no início do Evangelho de Marcos, que Ele veio para “Pregar”, entendemos que Jesus veio para Resgatar O ser humano em vários aspectos e de diversas formas, e que todas elas se juntam na REDENÇÃO, que Deus tem para cada um de nós.

Sabemos que houve um momento na vida de Jesus que Ele falou claramente sobre a Cruz do Calvário, mas no início do seu ministério “Ele veio” para PREGAR.

Quando lemos o capítulo 4 de Lucas, percebemos que Jesus depois de ter sido batizado por João Batista e ter sido conduzido ao deserto pelo Espírito Santo, ele volta para a cidade de Nazaré onde viveu muitos anos, e lá Jesus entra num shabat na Sinagoga e lhe dão O Rolo de Isaías para que Ele lesse, e então ocorre o seguinte:

Luc. 4: 17 a 21 – “Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.

Os verbos: “EVANGELIZAR”, “PROCLAMAR”, “APREGOAR” – parece que falam da mesma coisa para grupos diferentes e de maneiras diferentes, não há qualquer citação aí sobre expiação de pecados, ou sua morte na Cruz.

Entendemos então que se Jesus Pregava e era muito comum fazer isso nas Sinagogas, era natural que Ele fizesse isso segundo todo o costume e rito judaico, coisas que Jesus aprendeu em sua própria casa de seu pai, José.
Jesus chamado de Mestre por todos, um Rabino (Nosso Mestre), ensinava. Lá na Sinagoga que Ele frequentou desde pequeno, agora CHEIO DO ESPÍRITO SANTO, usando sua dinâmica de ensinar senta-se após ter lido o “PARA QUE” O Espírito Santo ungiria O MESSIAS, e deixando todos perplexos declara: HOJE SE CUMPRIU A ESCRITURA QUE ACABARAM DE OUVIR.

Embora O Mestre usou todos os seus recursos de uma forma tão prática, foi difícil para os ouvintes entenderem seu ensino. Vemos que logo depois disso ele se muda para Kafarnaum, onde depois de ensinar, liberta um homem possuído por um espírito imundo. Jesus com seu ensino e com a prática de sua pregação então, não apenas ensinava como quem tinha autoridade, mas, de fato manifestava Autoridade da parte de Deus. Seu ensino consistia em revelar que todas as Leis e figuras citadas nas Escrituras, na Torah, nos Profetas, nos Salmos e livros poéticos, tudo apontava para O Messias e para uma vida segundo a Vontade de Deus. Que a prática de uma vida que ama a Deus é viver segundo A Sua Vontade. Que o cumprimento das Leis é Cristo, O Messias. Que a distância de Deus, gerou tanta pobreza, miséria, prisões espirituais, cegueira espiritual, enfermidades, prisões, opressões, e que Ele tinha vindo para anunciar que esta distância de Deus estava chegando ao Fim, porque através do MESSIAS, do Cristo, a RECONCILIAÇÃO COM DEUS, importava em pessoas livres, cheias de Paz e restauradas em seus corações.

Este tipo de ensino e a prática dele, que era libertar as pessoas de opressões espirituais e curar doentes de vários males, imaginem só! Fez com que em pouquíssimo tempo Jesus ficasse famoso em toda a região, e milhares de pessoas passaram a vir até onde Ele se encontrava, a ponto Dele ter de sair com seus discípulos para lugares desertos.

O EVANGELHO precisa mostrar que as angústias humanas são fruto do nosso afastamento de Deus, e que Deus tem restauração, cura, libertação para nós QUANDO NOS APROXIMAMOS DELE, e a prática deste ensino, será a diferença de pregar como quem tem autoridade ou não. Quando pessoas começam a ser curadas e libertas, talvez esta demonstração de poder fale mais alto do que O ENSINO, de que nossas mazelas são o fruto de termos abandonado a Deus. Jesus curando e libertando as pessoas lhes dizia para que elas não contassem aos outros o que tinha lhes sucedido, PORQUE O FOCO DE JESUS não era que as pessoas viessem a Ele porque ele fazia milagres, mas, que Ele fosse até as pessoas para lhes Ensinar, Pregar, Proclamar, Apregoar “O ANO ACEITÁVEL DO SENHOR” – O JUBILEU, O TEMPO DE RESTAURAÇÃO QUE HAVIA CHEGADO...


Embora neste tempo de seu Ministério Jesus ainda não falava da Cruz e nem de sua condição de ser O Cordeiro de Deus que tira O PECADO do mundo, coisa que João Batista revelou a respeito Dele, Jesus tinha como principal foco de seu ministério lidar com O Pecado que escraviza o homem e o separa de Deus, e então, um LEPROSO (Pessoa doente de lepra: Doença degenerativa, incurável e altamente contagiosa), se aproximou e disse a Jesus: “Se quiseres podes purificar-me!”

Aquele homem que certamente vivia afastado de todos, que em hipótese alguma podia entrar numa Sinagoga, que não podia chegar sem que o sino que estava preso ao seu pescoço lhe anunciasse e por isso de pronto pessoas pegavam em pedras para lhe afastar, depois de ter ouvido que Jesus estava curando enfermos veio e lhe rogou por sua Purificação.

Para nós embora a Lepra seja uma doença terrível, está enquadrada no grupo de enfermidades, mas, não é só isso, nós vemos que este tipo de enfermidade é um símbolo do PECADO, pois assim como não há solução para o pecado (só a morte que é o seu Salário, seu pagamento); assim como o pecado vai se alastrando e quanto mais alguém está envolvido no pecado, pior vai ficando, mais vai se degenerando e também quem anda com pecadores acaba a se contaminar com este mal tão terrível, a Lepra então era um mal que ninguém jamais ousou enfrentar. Desde os dias de Moisés, alguém leproso tinha que ser banido do meio do povo para não contaminar a todos.

Jesus encheu-se de PROFUNDA COMPAIXÃO, a fé daquele homem mexeu com o coração de Jesus. Nunca ninguém havia visto ou ouvido nada assim! Da mesma maneira que no momento em que Jesus liberta o homem da prisão de um espírito imundo, as pessoas se perguntam: “que nova doutrina é esta?”, Jesus ter curado um leproso, coisa que nunca antes havia ocorrido, o impossível! Faz com que todos fiquem atônitos! Há então a solução para a lepra! O Ensino de Jesus e a prática deste ensino: Voltar-se para Deus e exercer autoridade por esta PRÁTICA DE VIDA, faz com que os demônios não resistam, que as enfermidades sejam removidas e até um homem leproso possa ser curado, vemos então que O EVANGELHO DO REINO DE DEUS, não é só dizer que está tudo errado e chamar as pessoas ao Arrependimento; tão pouco é apenas O Ensino do que se deve ou não deve fazer; não são só as curas e libertações para aliviar uma vida cheia de problemas; mas, tudo isso tem de convergir para a Solução do MAIOR PROBLEMA DO SER HUMANO: O PECADO!

A Pregação de João Batista, e o início do Ministério de Jesus, que era chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados, voltando-se novamente a Deus, agora, nesta cura, começa a manifestar uma resposta, porém é claro que as multidões não perceberam isso! Era no entanto mais uma cura extraordinária, mostrando a todos que não há limites para o poder deste Jesus, e embora Jesus tivesse advertido este homem que não contasse nada a ninguém, este que esteve afastado tanto tempo, agora totalmente limpo e restaurado passou a ir e contar tudo o que lhe tinha ocorrido.

Mc.: 16: 15 – “Ide por todo o mundo e pregai O Evangelho a toda a criatura.”

Assim como Jesus saiu a Pregar em outros lugares, Ele nos envia a todos para irmos PREGAR, qual modelo devemos seguir? O Dele, ou o do televangelista fulano, do método tal ou da visão X?

O que será da vida de um ex-leproso? Ou de um ex-endemoninhado? Ou de uma ex-prostituta ou ainda de um ex-ladrão? É certo que estas pessoas vão ter para sempre um testemunho poderoso do que Deus fez em suas vidas, mas, será que tudo o que Deus pode fazer e quer fazer em nossas vidas se resume a isso? À Quebra da cadeia, da vergonha, da necessidade extrema, da doença? Um ex vai viver para sempre preso ao que ele era, ou tendo tão poderoso testemunho vai agora viver de modo digno? Vai voltar às práticas que o levaram àquelas prisões? Vai esquecer-se um dia de quem foi que lhe deu dignidade para viver?

O Evangelho do Reino de Deus termina na Cruzada depois da oração por curas? Termina depois que o demônio é expulso? Termina depois que a pessoa fez a oração de confissão e foi batizada e preencheu a ficha de membro de determinada igreja?

De que Evangelho estamos falando?

Ef.: 1: 15 a 19 – “Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder;

A nossa oração é que O próprio Deus se revele a vocês através do Espírito Santo, para que vocês descubram quem realmente Ele é, e com esta experiência descubram qual a expectativa de Deus em vocês, que riquezas, que recursos inimagináveis são estes que juntamente com O Poder de Deus vai respaldar a vossa vida no seu caminhar dentro deste propósito que Deus sonhou para vocês...

Há muito ainda para fazer e viver! VAMOS LÁ!!!!


Ministério Pastoral,

Igreja Apostólica Betlehem

Nenhum comentário:

Postar um comentário